INVASÃO DE PRÉDIO GERA REVOLTA IMÓVEL FOI CONSTRUÍDO POR EMPRESÁRIOS E COMERCIANTES

12/08/2014 20:50

Comerciantes e moradores da Vila Sônia estão revoltados com a desativação e invasão da Base de Polícia Comunitária, localizada entre as ruas Nilo Peçanha e Corcovado.

Construída há dez anos pelos empresários locais e doada à Polícia Militar, a base serve hoje de abrigo à uma mulher e seus dois filhos.

 

Os empresários estudam ações para reverter a questão, buscando resgatar a finalidade inicial do prédio. Idealizada e construída pelo empresário Luiz Degaspari, em parceria com comerciantes locais, a base serviu por alguns anos como ponto de apoio ao policiamento comunitário da região.

 

Após pouco mais de sete anos de funcionamento, a base deixou de ser utilizada pela Polícia Militar e, segundo moradores locais, virou ponto de encontro para usuários de drogas durante a noite.

 

Há cerca de um mês, vendo o abandono do local, a desempregada Eidila Aparecida dos Santos, 25, resolveu ocupar o prédio como moradia. “Com dois filhos e sem ter para onde ir, eu resolvi mudar pra cá. Eu sei que as pessoas não gostam da minha presença, mas hoje a casa está conservada e os usuários de drogas não vêm mais aqui, sabendo que tem gente morando”, disse ela, justificando a sua presença.

 

O empresário Luiz Fernando Setten conta que a presença da Polícia Militar na base trazia tranquilidade e sensação de segurança para os moradores e comerciantes. “Hoje, eu pago segurança particular por conta dessa onda de assaltos que se espalhou pelos grandes centros. Quando os policiais permaneciam aqui, a gente se sentia mais seguro e tranquilo. É uma pena ver o nosso esforço particular para melhorar a segurança do bairro ser desperdiçado desse jeito”, afirmou.

 

Greison Degaspari, filho do empresário que idealizou a base, afirma que ainda há tempo de retomar o local como centro de policiamento comunitário. “Eu acredito que a polícia deva voltar pra cá. Como um dos idealizadores desse projeto, meu pai está entristecido em ver o abandono do local. Estamos estudando a possibilidade de fazer um movimento em prol da reativação da base. O prédio foi construído para isso e nós nos sentíamos seguros com eles por perto. Temos que resgatar essa sensação de segurança”, disse.

 

O Jornal de Piracicaba entrou em contato com o setor de comunicação da Polícia Militar para saber as razões que motivaram a retirada dos policiais da Base Comunitária, no entanto, até o fechamento desta edição, ninguém respondeu aos questionamentos.


Reportagem: Gustavo Simi

Fonte: https://m.jornaldepiracicaba.com.br/mobile/noticia.php?id=6546

Fonte: https://jornaldepiracicaba.com.br/capa/default.asp?p=viewnot&cat=viewnot&idnot=215375