NÃO HÁ LUZ NO FIM DO TÚNEL... O BRASIL ANDA A PASSOS LARGOS PARA O ABISMO.

27/03/2016 14:14

Vemos nos últimos meses, uma corrida desenfreada de duas quadrilhas rivais pelo poder. Uma delas, a que ocupa o governo federal, apoiada pelos partidos que se dizem de esquerda, sem, no entanto, sequer conhecerem o real significado da expressão “esquerda”, que pregam “MUJICA”, mas vivem como “EIKE BATISTA”, ostentando fortunas e conduzindo miseráveis pela coleira da esmola social, sem entretanto, lhes conferirem a dignidade de um emprego, ou de uma qualificação profissional.

Os sem terra, continuam sem terra. Os sem teto, continuam sem teto.

Têm o apoio das Forças Armadas (300 mil homens armados).

A outra quadrilha, chefiada pela terceira maior autoridade do país, chefe do legislativo federal, apoiada pelos latifundiários, pelos armamentistas, pelas Polícias Militares (500 mil homens armados), se identificam como “direita”. São xenofóbicos, racistas, imperialistas e separatistas.

Mantém seus empregados na linha da miséria e se vangloriam de lhes pagarem em dia suas obrigações sociais, como se não fosse determinado por lei.

Ambas as quadrilhas querem o poder pelo poder.

Em meio a esta disputa, encontra-se o povo, guiado pela imprensa, que não é mais informativa, mas sim midiática, que serve a quem pagar mais.

Periodicamente, vemos um membro do poder judiciário, outro poder corrupto e imperialista, onde o rico manda e o pobre é preso sem direitos, se destacar, em favor de um ou de outro lado, ou até, em raros casos, em favor do povo.

No caso do judiciário, são condutas isoladas.

A Ordem dos Advogados do Brasil faz que nem as sociedades secretas e clubes de serviços, ou seja, se dividem entre um e outro, a fim de conquistarem um lugar ao sol, qualquer que seja o resultado da disputa.

A igreja se dividiu e escolheu um lado. A católica o da esquerda e a evangélica o da direita. Sabem que quem vencer vai exterminar o perdedor, num julgamento no tribunal de exceção. A que estiver do lado vencedor estabelecerá seu domínio unilateral e a que perder dirá que está se sacrificando em nome do “SENHOR”. De um modo ou de outro, ambas ganham.

SÓ QUEM PERDE É O POVO.

O povo espera um milagre, mas não entende de política, não entende de representatividade, de mandato, de revogação de mandato, de destituição, nem sequer de democracia, porque não aprendeu na escola, nem no Tiro de Guerra, nem na Igreja. Foi preparado pra ser “peão” no jogo de xadrez do poder.

Todos os setores que dominam a economia querem a guerra.

A igreja quer a guerra. Os banqueiros querem a guerra. O governo quer a guerra. A oposição quer a guerra. As militâncias querem a guerra.

E o povo, o que quer?

Na guerra, quem vai morrer é o povo. Quem vai reescrever nossa história com seu próprio sangue é o povo.

Os políticos não vão pegar em armas. A igreja não vai pegar em armas. Os banqueiros e latifundiários não vão pegar em armas.

Teremos dois grandes contingentes armados e preparados para o combate, que treinaram e esperaram por esse dia desde seu alistamento. De um lado as Forças Armadas (exército, marinha e aeronáutica), do outro, as Polícias Militares dos estados, organizadas sob um único comando (FENEME), combatendo em igualdade de armas, mas e o resto do Brasil?

 

Precisamos voltar nossa memória ao passado. Aos grandes heróis nacionalistas e patriotas, muitos dos quais foram exterminados pelas forças militares.

Precisamos estudar a biografia desses homens e mulheres. Seus objetivos, suas indignações, e saber o que os levou a triunfar ou a fracassar. Sempre era por uma insatisfação com o governo opressor. Alguns deles morreram de forma cruel, a fim de que sua execução servisse para amedrontar aos demais.

 

Sugiro, antes de pensarmos em pegar em armas, que leiamos a biografia de alguns heróis brasileiros de diferentes épocas, e conheçamos a nossa verdadeira história, de lutas, glórias e fracassos:

Antônio Conselheiro (Arraial de canudos), Tiradentes (Inconfidência Mineira), Rui Barbosa (O Águia de Haia), Bento Gonçalves (Guerra dos Farrapos), Francisco Sabino Alvares (Sabinada), Luís Carlos Prestes (Coluna Prestes), Carlos Lacerda, Libero Badaró, Marechal João Cândido (Revolta da Chibata), Saldanha marinho (A Igreja e o Estado), José Carlos do Patrocínio (Gigante da Abolição), Maria Quitéria, Oswaldo cruz (Revolta da vacina), Padre Cícero, Madre Tereza de Calcutá, entre tantos outros, cuja luta deveria nos orientar para o temor dos horrores de uma guerra.

Somos uma nação pacífica, acomodada, leniente.

Não queremos uma guerra, embora a maioria de nós nem saiba disso.

SÓ AS FORÇAS MILITARES E AS OLIGARQUIAS QUEREM ESSA GUERRA.

Que lutem entre si, e não nos envolvam, o povo, em suas disputas de poder e fortuna.

Estamos caminhando a passos largos na direção de uma catástrofe pior do que a situação econômica atual, pior do que o holocausto da Alemanha do século passado, pior do que a invasão e destruição deliberada do Iraque, pior do que o embargo econômico de mais de meio século a Cuba, pior do que o totalitarismo na Venezuela.

Porque esse mal atingirá a nós, e aos nossos familiares e amigos.

Morreremos para que as oligarquias se alternem no poder e nos segreguem de igual forma.

Precisamos entender que até a “igreja” quer a guerra e, que todas as vezes que a igreja quis a guerra ao invés de pregar a paz, houve extermínio, genocídio e até o assassinato do próprio DEUS, tudo por causa de PODER.

A morte de Jesus, a perseguição aos astrônomos, às curandeiras, as cruzadas, a inquisição, o holocausto e mais uma série de intervenções da igreja na política sempre levaram à injustiça e à morte. Nunca cumpriram a vontade de DEUS para sua noiva, que era “ir e pregar o evangelho a toda criatura”. Só falar, nada mais.

Precisamos refletir se estamos preparados para morrermos por uma causa perdida.

A política no Brasil é uma causa perdida. Se não mudarmos a forma pela qual somos representados, se não aprendermos com a Europa, milenar, com os países onde o povo manda em seus políticos, morreremos em vão.

EU NÃO QUERO A GUERRA.

Quero mudanças, mas não quero a guerra.

Marco Ferreira – pacifista.

 

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