QUEM QUER ESSA CONVERSA?

22/08/2015 11:21

De um lado, uma autoridade expressiva, com posição social, poder, status, medalhas, com mais de três mil homens sob seu comando, figura política de confiança do governador do estado, extenso currículo dentro da Polícia Militar do estado de São Paulo;

De outro, uma pessoa inexpressiva, um operário que não tem uma carreira política, nem conhece o governador, não tem ninguém sob seu comando, não tem medalhas e sua vida policial sempre foi marcada pela controvérsia entre a instituição e a sociedade.

O QUE ELES TÊM EM COMUM?

AMBOS SÃO FORMADORES DE OPINIÃO DENTRO DA POLÍCIA MILITAR, E AMBOS DIZEM SE IMPORTAR COM OS POLICIAIS E QUERER AJUDAR.

Por que então não unem esforços no sentido de favorecer a quem dizem querer ajudar?

PORQUE UM DELES DIZ QUE O OUTRO ESTÁ MENTINDO.

COMO SABER QUEM ESTÁ MENTINDO?

Desde o princípio da história, só há uma maneira de se entender uma dissidência, e é o confrontamento, a discussão das idéias e o julgamento por uma parte isenta.

Essa é a proposta da APPMARESP. Sentar-se à mesa com o coronel PM Figueiredo e passar a limpo essa história.

O coronel PM HUMBERTO GOUVÊA FIGUEIREDO é comandante do CPI-9 (Comando de Policiamento do Interior Nove) com sede em Piracicaba, que agrega mais outros seis grandes comandos, com sedes em Piracicaba, Rio Claro, Limeira, Americana, Sumaré e São João da Boa Vista, sendo que, ao todo, são 52 municípios sob seu comando. Cerca de três mil policiais militares.

MARCO FERREIRA é presidente da APPMARESP (Associação das Praças Policiais Militares da Ativa e Reformados do estado de São Paulo), entidade classista, de direito privado, não subordinada à PM, mas que defende os interesses da categoria policial até a graduação de subtenente, ou seja, os menos remunerados da categoria.

Ambos têm interesse direto na estabilidade da PM na região, porém, por motivos diferentes.

A APPMARESP vem buscando essa conversa há dois anos, desde a chegada do coronel Figueiredo à cidade, e ele sempre tem evitado, alegando que não nos reconhece como pessoa jurídica, inclusive tendo recusado veementemente um pedido do Presidente da Câmara de Vereadores nesse sentido, de intermediar essa conversa.

Há uma enorme gama de assuntos que devem ser tratados com o coronel FIGUEIREDO, não pelo verde dos seus olhos, mas pela função de comando que ele exerce na região, pela filosofia da Polícia Militar do Policiamento Comunitário, que diz que a polícia tem que estar de portas abertas para receber os diversos segmentos da sociedade e pelo próprio bom senso do administrador da coisa pública, que não pode se negar ao diálogo, principalmente quando seu direcionamento é tão questionado pela sociedade;

Há muitos assuntos que o CORONEL tem o dever de esclarecer para a sociedade e isso não depende de sua vontade, mas sim é um dever legal do cargo que ocupa;

Há denúncias graves que foram feitas pela APPMARESP e cujas soluções não foram satisfatórias à sociedade;

Há muitos assuntos de relevância social e de interesse coletivo que devem ser esclarecidos com a máxima urgência e que não devem ser ignorados, sob pena de perder a credibilidade.

O CORONEL tem se colocado radicalmente contra a APPMARESP, talvez por ser mal assessorado, talvez por não nos conhecer de fato, ou quem sabe por não considerar a hipótese de conversas de igual pra igual com alguém que era soldado, o cargo mais baixo da PM, o inverso de seu cargo de coronel, o mais alto. Talvez isso seja humilhante para o coronel Figueiredo, que se considera “superior” ao MARCO FERREIRA.

A intenção de se promover esse encontro, é cessar as fofocas e as falácias de ambos os lados. Nem o coronel difama a APPMARESP nas preleções e nem a APPMARESP usa as redes sociais para mostrar suas falhas. Seria “o preto no branco”, ou “a conversa no fio do bigode”. Lavar a roupa suja.

Nesses termos, a APPMARESP CONVOCA O CORONEL HUMBERTO FIGUEIREDO, para essa conversa.
Pode ser no QUARTEL, no FÓRUM, na CÂMARA DE VEREADORES, com auditório, reservadamente, com mediador, sem intermedeio, na forma como o coronel se sentir mais à vontade. Só queremos o diálogo. FRANCO, ABERTO E SEM DIZ-QUE-ME-DISSE.

Aguardamos o posicionamento do CORONEL, se necessário, POR MAIS OUTROS DOIS ANOS. Só pedimos que nesse intervalo, pare de falar de nós na nossa ausência. Pode nos chamar que iremos, inclusive na próxima revista de sexta feira, se necessário.

Departamento de imprensa - APPMARESP